domingo, 8 de agosto de 2010

114.


Foto de M

No seu tempo não havia estas rosas na Quinta, pois não, mas lembro-me que eram de tecido róseo - tão iguais a estas!-, as que enfeitavam a aba do seu citadino chapéu de palha amarela, com fina rede no mesmo tom a realçar-lhe o rosto. Era tão bonita aquela intimidade de cores campestres pousada sobre os seus cabelos já um pouco grisalhos!
Tenho tantas saudades tuas, Mãe! Saudades de me sentar ao teu lado a contemplar o silêncio do vale que fala e nada dizermos porque não era preciso.
O lugar continua a ser o mesmo, sabes, por isso vou pôr a minha cadeira ao pé da tua, está bem?
M

8 comentários:

Licínia Quitério disse...

O que é que eu vou dizer? Sentir, apenas, e muito.



Beijo.

Justine disse...

E assim vais viajando no tempo, pelo caminho das memórias e com a luz que a natureza te oferece.
Tudo tão belo e tão nostálgico, M.!

jawaa disse...

Imagens lindas e as tuas reflexões que ecoam em nós.

Um abraço

Manuel Veiga disse...

delicadissimo desfiar da saudade...

beijos

R. disse...

Há lugares únicos e exclusivos, que nunca ficam vazios.

R. disse...

M, eu é que agradeço. E também para mim esta foi uma agradável descoberta, plena de serenidade e delicadeza. Parabéns por isso.

batista disse...

essa saudade nos acompanha, sempre.

deixo um abraço fraterno.

monica disse...

as flores parece q estão em fila, à espera de ficarem bonitas como a 1.ª