quarta-feira, 17 de setembro de 2025

A propósito do livro «Uma Noite em Lisboa» de Erich Maria Remarque (*)



Fotos de M em 2015 

Fotos de S (3ª e 5ª)  

A Segunda Guerra Mundial é um assunto que me interessa em particular por ter acontecido numa época muito próxima da minha. O livro Uma Noite em Lisboa é especial. Pelo que conta e como conta. Só alguém com grande sensibilidade, vivendo na pele a perseguição e fuga durante anos, é capaz de escrever sobre a condição humana como Erich Maria Remarque o faz. Passando-se a história em Lisboa, pareceu-me interessante associar-lhe as cinco fotografias acima, independentemente do ano em que foram tiradas. Os acontecimentos trágicos ficam incrustados na memória universal onde encontramos imagens às quais ligamos outras imagens e reflexões. A Praça do Comércio seria lugar de encontro de refugiados chegados de comboio à Estação do Rossio, não longe dali. Com o rio Tejo à beira das suas vidas, o olhar angustiado pousado nele, presumo que subiriam e desceriam vezes sem conta as escadarias de repartições onde tinham esperança de conseguir passaportes e vistos de saída para a América. A segunda fotografia, essa mais sombria, mostra a Avenida da Índia em 1978. Em 1942, foram outros os automóveis que transportaram as famílias abastadas fugindo da loucura nazi a caminho do Hotel Palácio Estoril. Se os carris da fotografia são os mesmos ou se tinha sido necessário substituí-los por causa do desgaste natural, desconheço. Mas isso não importa para o caso. Sobre eles não deslizaram vagões atulhados de gente levada para campos de concentração. As carruagens dos comboios da Linha de Lisboa-Cascais tinham janelas, assentos e esperança de liberdade para quem neles viajou.

M

(*) A minha resposta ao desafio proposto pela Bettips no PPP

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

A propósito do livro «Memórias de Adriano» de Marguerite Yourcenar (*)







Fotos de M

Quando há muitos anos li o livro Memórias de Adriano julgo que não tinha a maturidade suficiente para o apreciar. Vou relê-lo. Por agora, para responder ao desafio proposto para hoje, evoco o Museo Nacional de Arte Romano em Mérida, que visitei em 2016 e onde tirei algumas fotografias. O edifício, projectado pelo arquitecto José Rafael Moneo Vallés, inaugurado em 1986, é em si mesmo uma obra de Arte belíssima e fica perto do anfiteatro e teatro romano. Dedicado à arte romana, exibe um número valioso de peças do conjunto arqueológico de Mérida, fazendo parte do Património Mundial da UNESCO. Como o imperador Adriano tinha um enorme apreço pela civilização e cultura grega e romana e se rodeou de edifícios magníficos por ele mandados construir, penso que faço uma boa escolha ao recordá-lo aqui deste modo.

M

(*) A minha resposta ao desafio proposto pela Bettips no PPP 

quinta-feira, 4 de setembro de 2025

A propósito de um livro (**)

Foto de M
 

Tenho fotografias de uma viagem que há muitos anos fiz a Amesterdão, nomeadamente das casas que conhecemos serem representativas da cidade. No entanto, prefiro não as usar neste caso, penso que o íman agarrado à porta do meu frigorífico responde melhor ao desafio de hoje. Por várias razões. Ele é a miniatura de uma casa da cidade holandesa e permite-nos espreitar o seu interior: as salas, os quartos, os móveis, a decoração, os seus moradores. Por outro lado, porque o título do livro é O Miniaturista e conta a história de uma senhora que viveu em Amesterdão no século 17 e recebeu como presente do marido a miniatura da sua casa. E há ainda a coincidência de ambos me terem sido oferecidos. O íman, por quem se lembrou de mim em viagem a essa cidade linda. O livro, prenda da Bettips, que adivinhou que eu também apreciaria esta história magnífica inspirada na Casa de Bonecas de Petronella Oortman.

E acrescento esta frase que me chamou a atenção na visita a um museu em Lisboa: «Uma imagem não é apenas uma representação, mas a inscrição de uma experiência no tempo.» (*)

(*) Frase introdutória do texto que encontrei na parede à entrada de uma das galerias do MACAM (Museu de Arte Contemporânea Armando Martins). Cada sala apresenta um texto informativo, claro e muito bem escrito, relacionado com a época das obras de arte nela apresentadas.

(**) Desafio proposto pela Bettips no PPP) 

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Cores de verão - Na intimidade dos livros


Foto de M

Livros para sempre presentes na minha vida.  

terça-feira, 2 de setembro de 2025

domingo, 31 de agosto de 2025

sábado, 30 de agosto de 2025

sexta-feira, 29 de agosto de 2025

quarta-feira, 27 de agosto de 2025

terça-feira, 26 de agosto de 2025

Cores de verão - Num jardim de Lisboa

Fotos de M

Tão bonito e tranquilo é aquele espaço recuperado em redor do Centro de Arte Moderna Gulbenkian.

sábado, 23 de agosto de 2025

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Cores de verão - No MACAM (Museu de Arte Contemporânea Armando Martins)

Fotos de M

Nem tudo o vento levou no Tempo que passa. Continuam a soprar brisas que me encantaram uma vez mais neste espaço lindo de flores graciosas e Arte. Está-se bem ali.

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

terça-feira, 19 de agosto de 2025

quarta-feira, 30 de julho de 2025

Jogo da cabra-cega

Foto retirada da Net

O Jogo Cabra-cega também fez parte da minha vida em criança e bem divertido foi. Não existem fotografias que o comprovem, mas não tem importância, o quadro de Francisco de Goya, pintado em 1788, é representativo do que, fora os trajes usados, se terá passado comigo. Se, como se pensa, este jogo tradicional terá sido originário da Idade Média e resistiu até aos nossos dias, basta adaptar a moda e a paisagem ao século em que cada pessoa vive.

M