Foto de M
Quando a vi de longe reparei que brincava com o chapéu-de-chuva, aquele gesto vulgar que todos temos de rodar qualquer coisa na mão enquanto o pensamento voa distraído no tempo dos dias. Faria talvez a fantasia de que o sol tinha pousado ali, quase a tocar-lhe o ombro, e que era preciso ensaiar uma dança de domingo a dois. Não admira, o coreto do jardim está por perto, uns metros para cá do canteiro. Não, os músicos não estavam lá, mas isso que importa quando os ouvidos guardam dentro da memória a música de outros domingos?
M