sábado, 14 de março de 2009
93.
Foto de M
Quando o vi, Jean Jacques (o coelho) estava pacientemente sentado no tempo da pintora de palhaços desenhados na tela a embaraçar meteoritos caídos sobre a cidade dos desencantos. E num outro também, o da infância macia: a dele, e a da menina de riso aberto com quem costumava brincar. Ele conserva a estatura da meninice, e talvez também o pensamento, ela deixou de lhe encontrar o olhar na mesma linha do horizonte. Jean Jacques roçou o tamanho dos dias, estranhou-a nos sulcos das rugas e passou a viver dentro de recordações que abrem os silêncios do tempo em conversas de língua de trapos que ambos conhecem. Entre os dois cavaletes e não só.
M
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8 comentários:
Dois cavaletes,
dois tempos diferentes.
Revelados sobre um mesmo olhar,
entre eles uma cadeira giratória.
Uma cadeira só.
As lembranças parecem bricadeiras, de roda gigante.
Abraços, senti sua demora.
Jean Jacques continua a ver a menina de então, apesar do sulco do tempo marcando as faces dela. Porque a menina está lá, dentro do olhar de ambos.
Muito obrigsda por abrir a porta da outra sala de estar.
Soube-me bem passar lá um pouco da tarde.
Por certo nele ficou marcada a menina de outrora. A menina de hoje, por dentro das rugas...:)**
Testemunha do tempo alheio, este Jean Jacques, parado na meninice, recebe visitas e relembra conversas de brincar e crescer.
Um fofinho, o Jean Jacques Lapin.
a magia da tua palavra poética. que subverte e encanta.
beijo
Nem toda a gente sabe como tu, que os Jean Jacques têm uma alma dentro desses peitos de peluche...
Uma ternura esta tua reflexão!
Jean Jacques delicia-se entre pinturas, eternamente! Tal como nós, com as tuas palavras de ida e volta entre cruzados pensamentos.
Bjinho
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