Sete Cidades e o Caminho das Ruas. O dos seus habitantes como membros de uma comunidade que presumo activa, e o de cada um na sua singularidade. Também o meu caminho ali, porque diferente e ao mesmo tempo reconhecível nos passos que vou dando nas ruas da minha vida.
Pouco vi da intimidade da povoação, do que observei guardo apenas pinceladas de impressões, que os relógios são implacáveis com as horas marcadas por outros dentro dos nossos dias.
Chamou-me a atenção a álea imponente que acolhe a fé dos que se dirigem a pé para a igreja de São Nicolau. Contrasta com as veredas vizinhas onde flores e pássaros fazem ninho em pedras de ruínas abandonadas ao relento.
Nos quintais abrigados do vento cresciam hortas debruadas de hortênsias e um sol tímido acariciava a roupa pousada sobre a erva. Vais corar, ai vais, vais…, murmuraria a mulher que não encontrei e que adivinho divertida em segredos do coração.
Ao fundo do caminho de chão vermelho a lagoa, agora tão próxima, e aquele banco onde gostava de me sentar a sorver toda a serenidade das cores em redor.
M
2 comentários:
Grandes passeatas! Gostei das fotografias.
Verde de paz, de calmaria, de um tempo antigo. Muito bonito.
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