segunda-feira, 10 de outubro de 2011

144.


Foto de M

Reparei nele. Estava suspenso sobre o areal, a pele gretada pelo calor imenso, a tira preta a lembrar-me transpirados atletas de cabelos longos em treinos ao ar livre.
Interessante a ideia de quem o pensou ali de forma tão estética e adequada à natureza do lugar. Um simples caixote do lixo no caminho descalço de quem atravessa o verão com o frenesim consumista nas mãos. Como precaução, suponho, de alguém que conhece os gestos distraídos dos caminhantes e deseja que a luz permaneça pura.
M

4 comentários:

Licínia Quitério disse...

Pureza de luz e de escrita. Que nada as macule!

Anónimo disse...

Que nada ponha a nódoa do comum

porque esta-madeira que nos recolhe, humilde e bonita,
(no distraimento de alguém que a imaginou e nem sabia que alguém se aperceberia)
na luz de caminhantes e pensantes,
é feita de poemas tão simples
no olhar.
da bettips
Bjs

Manuel Veiga disse...

os deuses moram nas coisas simples!...

beijo

Justine disse...

As coisas úteis deviam ser sempre belas, para alegrar o nosso quotidiano.