Foto de M
Portugal.
Quem nos dera continuasse a ser verde, não fossem os desatinos dos
homens que lhe vão devorando a cor. Que diriam dele agora Raul
Proença e os seus ilustres colaboradores na realização da obra
Guia
de Portugal?
« (...)
E assim um dia este livro, que eu sonhei nos verdes vales, nos rios
plácidos e nas montanhas decorativas da minha terra, nas sua costas
de enseadas azuis e de esburacadas grutas misteriosas (sonoras no
marulho das ondas como enormes búzios ressonantes), no
deslumbramento da sua luz epitalâmica e sob as suas grandes estrelas
dormentes – este livro, feito pelo amor
e pelo espírito de veracidade
de alguns Portugueses para concitar e adjurar a infinita piedade
portuguesa, merecerá,
talvez, pelo muito que os outros fizeram e farão, e pelo pouco que
eu vier ainda a fazer, ser denominado com justiça – o Livro
de Amor e Devoção de Portugal.»
Raúl
Proença, Guia
de Portugal,
Prefácio da 1ª edição publicada pela Biblioteca Nacional de
Lisboa em 1924, retirado do 1º Volume Generalidades
– Lisboa e Arredores, reedição
da Fundação Calouste Gulbenkian, 1979
M
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