Foto de M
Quando um dia vi esta miniatura numa loja comprei-a porque me trouxe ao pensamento o rapaz leiteiro que subia a pé as velhas escadas de madeira do prédio onde eu morava com a minha família, num bairro de Lisboa. Era então no patamar do nosso 3º andar que ele vertia várias vezes o leite da leiteira de alumínio para dentro das medidas, e depois para o nosso fervedor, até completar a quantidade pedida, tão hábil o seu gesto que nem uma pinga de leite caía no chão. Ainda oiço o barulho das medidas e da corrente que as segurava!
M
8 comentários:
É bonita a miniatura e a tua história, que me trouxe também à lembrança algo parecido.
Desejo-te uma boa passagem de ano e que 2018 seja um Ano Feliz!
Beijinhos:)
Obrigada, Isabel. Conta a tua história. :-))
Bom Ano!
Lembro-me que quando eu era pequenina, também vinham trazer o leite à porta, mas vinha numa carroça, e era fechada. Era uma espécie de mercearia ambulante, pois trazia muitas coisas. Não sei se a minha mãe comprava mais alguma coisa além do leite, porque na minha rua havia uma mercearia (do Sr. Joaquim e da D.Ana) e na esquina da rua de trás havia outra ( a mercearia do Sr. João - onde comprei muitas pastilhas elásticas, de 2 e 5 tostões, muitos rebuçados de meio tostão e mais tarde muitos chocolates Regina a 15 tostões). Lembro-me bem do Sr. João, alto, gordo e simpático. A mulher era pequenina. Pelo menos é assim que me lembro deles. Era já crescidinha, quando a mercearia fechou.
Era isto...era nesta mercearia ambulante que se comprava o leite.
Feliz Ano Novo!
Obrigada, Isabel, por teres contado a tua história.
Feliz 2018! Com muitas histórias para partilhar.
Bom Ano!
e belas "estorias".
beijo
Muita coisa melhorou com o progresso destes últimos 50 ou 60 anos, mas este objecto não é infinitamente mais belo do que qualquer pacote de leite que se compre no supermercado? para além de que esse leite vendido de casa em casa vinha directamente do produtor, antes desta "coisa" terrível que se chama indústria alimentar e que nos dá cabo da saúde.
Hoje acho que estou rabugenta...
Um abraço, amiga
Vi e não disse nada, julgava tê-lo feito... foge a memória, fica o agrado.
Bjs
B
Eram de alumínio; de folheta, como a ganapada dizia. As leiteiras vinham de manhã cedo. Do leite saía aquela capa espessa que o frio ou a quietude fazia ao cimo, nas bilhas ou nos jarros. Com uma colher essa manta de natas ia para um tigela onde há mistura com um grãos de sal se fazia uma deliciosa manteiga...
jorge
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