Fotos de M
Ao lado do sicómoro estava uma árvore da sua família. Talvez lhe possa chamar prima, já que a humanizei ao ver nela longos cabelos despenteados. Imaginados, claro, são raízes aéreas. Como também ela apresentava um cartão com a sua genealogia, não fossem existir confusões, procurei na Wikipédia o que por lá se diria sobre esta família de membros dispersos pelo mundo.
«Ficus macrophylla, vulgarmente conhecida como a figueira-da-Austrália ou figueira-estranguladora, é uma grande e maciça figueira da família Moraceae, que pode atingir mais de 60 metros de altura. O seu largo tronco tem casca áspera e acinzentada. O seu sistema radicular, embora muito escultórico, é bastante agressivo. Tem o hábito de deixar cair raízes aéreas dos seus ramos, que ao atingir o solo, engrossam em troncos complementares que ajudam a suportar o peso da sua coroa. Como o epíteto específico indica, esta árvore perene tem folhas grandes, elípticas, coriáceas, verde-escuras e com 15-30 cm de comprimento, que se dispõem alternadamente nas hastes .Os seus figos têm 2-2,5 cm de diâmetro, mais pequenos que os de uma figueira normal, mudando de verde para roxo à medida que amadurecem. Embora comestíveis, os seus frutos são de gosto desagradável e seco. Esta espécie é nativa das florestas chuvosas da costa leste da Austrália. Neste ambiente cresce mais frequentemente sob a forma de estrangulador do que de árvore. A germinação das suas sementes ocorre geralmente na copa de uma árvore hospedeira. A nova planta emite raízes que após tocarem o solo permitem que se torne autónoma e acabe por estrangular o hospedeiro. Esta figueira é amplamente utilizada como uma árvore ornamental em parques públicos e jardins em climas mais quentes, como na Califórnia, Portugal, Itália e Austrália. Deve ser plantada em locais espaçosos e longe de pavimentos ou muros, pois as suas raízes são extremamente agressivas. Um dos mais famosos exemplares encontra-se junto a uma das entradas do Jardim Botânico de Coimbra, cidade onde existe ainda outra Ficus macrophylla bastante reconhecida, localizada na Quinta das Lágrimas.»
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