Foto de M
E na mesma linha do post anterior,
entre cores e tons, luz e sombras, digo que neste nosso país tenho tantas vezes a sensação de que a ele se aplica
a expressão “andar com uma mão à frente e outra atrás”. Encerrado o jardim para
obras, com reabertura ao público prevista para o início deste ano, acabou em
confinamento obrigatório pelas razões que todos conhecemos, tendo reaberto,
julgo eu, pouco tempo antes do dia em que lá estive. Voltando atrás e à tal
expressão das mãos, apesar do prazer que me deu passear por ali, senti um certo
abandono naquele espaço, principalmente nos edifícios e renovações ainda em
curso.
Bem sei que os orçamentos em
Portugal são escassos, portanto suponho que terá sido essa uma das razões para
a escolha do material com que foi “embrulhado” este pavilhão da antiga estufa edificada
em ferro e vidro, ao belo estilo Arte Nova. Tenhamos esperança que seja uma toilette
provisória, e que não aconteça como as decisões tomadas pelo meu Pai: o
provisório dele era sempre definitivo. Pois, bem sei que os seus orçamentos
também eram limitados para os seus sonhos...
O engraçado é que, quando tirei
esta fotografia, não conhecia os pormenores sobre os projectos de reabilitação
para o jardim, apenas um certo abandono daquele espaço me tocou e desagradou.
Façamos como os pássaros e agarremo-nos ao que existe de beleza ou o que
dela resta, talvez num poleiro desenhado no azul.
Aos mais curiosos sugiro que espreitem o link
https://reabilitacao-jbt.ulisboa.pt/
M
1 comentário:
A Paula Moura Pinheiro fez há pouco tempo uma Visita Guiada no Jardim Botânico Tropical, que achei muito interessante. Nem sabia que já tinha reaberto ao público! É uma visita a pôr na minha agenda, e obrigada pela informação (continuas a ser a minha assessora cultural!!)
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