quinta-feira, 27 de maio de 2021

AS CORES DA MEMÓRIA

Fotos de M 

Gosto muito dos três compositores mostrados na fotografia acima, mas hoje escolho falar de José Mário Branco, talvez por causa do título do CD, lançado em 2004, em homenagem ao povo timorense pela sua resistência à ocupação pela Indonésia após o 25 de abril. Não importa a quem foi particularmente dedicado, importa o pensamento universal nele contido: Resistir é Vencer. José Mário Branco era sem dúvida uma presença, talvez um pouco austera a expressão do seu rosto. Requintada a sua música, de certo modo misteriosas as letras das suas composições, exigentes, sugerindo-nos o entendimento para lá do imediato. Assim o senti no que conheci da sua obra e foi pouco, sou apenas uma vulgar ouvinte. Assisti uma vez a um concerto seu no grande auditório da Culturgest, uma sala magnífica e igualmente simples, cujas dimensões, sonoridade, madeiras e o vermelho macio das cadeiras aconchegam corpo e alma. Tantas vezes assisti ali a espectáculos originais, diferentes de tudo. Foi um tempo que passou a estar apenas na minha memória. Que saudades! (Às vezes canso-me de tantas saudades. Por que razão me lembrei agora da canção La Solitude cantada por Barbara no vídeo Brel, Barbara, Une choréographie de Maurice Béjart? Linda de morrer.)

Do disco Resistir é Vencer encantam-me de imediato os versos iniciais da primeira faixa com o título Nem Deus nem Senhor:

A luz é tão cega

Que nunca se entrega

Só se deixa ver

Numa razão de ser

Sem sequer entender

Os olhos que a vão receber

(…)

 M

domingo, 23 de maio de 2021

A PLENITUDE DO OLHAR

Fotos de M

Maio, a explosão da Natureza e a plenitude do olhar que se deseja presente em cada estação da vida.

M

quarta-feira, 12 de maio de 2021

REFLECTINDO PELO CAMINHO

Foto de M 
  
Penso que a diversidade de convicções existentes está associada à maneira de ser de cada pessoa, às experiências de vida, aos ambientes familiares, culturais, sociais, políticos, religiosos, históricos, podendo ser muitas as influências no percurso de cada um de nós. A propósito disso e do dia de hoje, recordo o filme Fátima, de João Canijo, no qual um grupo de onze mulheres sai de Vinhais, Trás-os-Montes, e atravessa parte do país em peregrinação a Fátima, onde chega no dia 12 de maio. Um filme belíssimo que nos leva a reflectir sobre as complexidades da natureza humana, nomeadamente na relação com a fé. A quem não viu o filme ou não se lembra dos detalhes da sua preparação e realização, recomendo abra o link abaixo. É muito interessante.

M