Foto de M
Já não sou criança mas o pássaro continua a morar comigo, apoiado num dos meus cantinhos da memória. Não está preso. Quando vou ao jardim acompanha-me. Invisível. Dentro da minha cabeça. Como num ninho protegido das intempéries. Se calhar, se o levasse na mão como um balão, haveria quem pensasse que eu seria louca. Sabem lá as pessoas com quem me cruzo e descruzo sobre os meus pássaros invisíveis!
M
3 comentários:
Lindo!
Beijinhos😊
Sabes o que lembrei com este texto? Uma vez ao fim do dia, depois de vermos o Teatro Romano, uma visão de um bando de estorninhos sobre o Tejo. Não eram invisíveis mas imprevisíveis: para onde iam, de onde vinham? Os pensamentos.
O comentário da Bettips seguiu o teu doce texto. Vá lá leva o pássaro à rua
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