terça-feira, 10 de junho de 2025

Plantas das dunas. Impossível não reparar nelas

Fotos de M

Tirei estas duas fotografias num dia de verão passado há muitos anos numa das praias da Costa da Caparica. No link abaixo descobrirão muitas coisas interessantes ensinadas por quem sabe de plantas das dunas. Entre elas, precisamente o lírio-das-areias e o cardo-marítimo. E, coincidência das coincidências, até lá encontramos um poema de Sophia de Mello Breyner Andresen e outro de Federico Garcia Lorca sobre o lírio-das-areias. E não só na Literatura, há mais referências à sua presença na Arte: «(...) Esta planta, com flores brancas tão elegantes, inspirou artistas de diferentes áreas. Alguns retrataram a sua beleza em muitas ilustrações e pinturas (…)»

https://wilder.pt/diversoes/seis-plantas-das-dunas-faceis-de-encontrar 

«“A minha esperança mora

No vento e nas sereias

É o azul fantástico da aurora

E o lírio das areias.”

Sophia de Mello Breyner Andresen, in “Dia do Mar”»

 

«E Federico García Lorca, no seu poema “Cacida da Mão Impossível”, escreve:

(…) “Seria um lírio pálido de cal,

uma pomba atada ao meu coração,

 o guarda que na noite do meu trânsito

de todo vetaria o acesso à lua.” (…)

Tradução de Óscar Mendes, Federico García Lorca, in ‘Divã do Tamarit’»

 M

2 comentários:

bettips disse...

Já o disse mas há ainda a relevar as relações que fazes que desconhecia e tão bem aqui ficam com a foto!

Parapeito disse...

Olá :)
A saltar de duna em duna cheguei aqui.
Uma excelente publicação.
As dunas , são como divãs...
E podemos tirar bom partido de ambas :)
A fotografia que aqui deixou, bem pode ser para o lado da Fonte da Telha.
Faz anos a minha neta Alice, trouxe-me um pequenino ramo num balde com areia. Um chorão.
Resistiu e cá continua agora com outros rebentos.
Os cardos não são muito simpáticos quando inadvertidamente, nos atrevemos pelas dunas e os pisamos.
Muito boa a escolha dos poemas. Ficam aqui muito bem.
Gostei de chegar aqui.
Abraço e brisas doces ****