sábado, 2 de agosto de 2008

74.

Foto de M

Seremos pedras roliças pousadas no prato da balança que é este nosso mundo terreno suspenso no universo?

Chão corroído pelos passos do desespero em círculo?

Cada um com sua textura muito própria, será no abandono que nos sentimos uns aos outros e rejeitamos o abismo?

Perdidas as palavras do pensamento, falaremos apenas com o silêncio de um entreabrir de lábios indecisos?

Será a estética das coisas e dos sentimentos que nos resgata do lado que nos desequilibra?

Porque não perguntar?

M

15 comentários:

Maria Laura disse...

Manuela, pões aqui perguntas que davam para ficar o resto do fim de semana a pensar. Porque temos estas eternas dúvidas? Porque questionamos aquilo que a nossa essência terrena nunca nos deixará saber?

None disse...

Pedras roliças, sim.
E tudo o que coube no poema.
Será a estética das coisas.....
....É bem possível que sim.

Justine disse...

Perguntar sim, é preciso perguntar sempre.E a questão maior é encontrar a resposta que nos satisfaça...
Por mim, fico-me com a estética e a arte como fiel da nossa balança interior. E ainda mais segura, depois de olhar para a tua magnífica foto!
Beijo

mena maya disse...

Prguntas atrás de perguntas!

Porque cada um de nós é um universo com os seus buracos negros,a sua luz própria e tantos mistérios ainda por desvendar...

Será que um dia quando embarcarmos para outra dimensão saberemos as respostas?

Belíssima foto!

Anónimo disse...

M., vim retribuir a visita que tanto me agradou. E ainda melhor fiquei.
Se andar é uma sucessão de desequilíbrios, perguntar é um caminhar vindo de dentro.
Parafraseio: perguntar, perguntar sempre. E tu perguntas tão bem!
Obrigado pelas perguntas, que (assim) minhas faço na busca de respostas.

Anónimo disse...

somos restos. minúsculos grãos de areia que, no entanto, contêm em si a memória de todo um universo.
a beleza é o que nos salva da asfixia.

isto, foi o que disse a minha Humana. e pede, também, para te deixar um abraço, por essas palavras que sabes pousar, com uma leveza única, no peso enorme dos dias.

jorge esteves disse...

Pois não é que o duvidar é o grande tormento da Vida?...
(lembro de ter escrito Garrett)

abraços!

Teresa David disse...

Porque não? Aliás, creio ser através do que nos questionamos que crescemos humana e intelectualmente.
Mas aqui para nós prefiro a foto que é deveres impressionante e que me cativou o olhar durante um bom bocado!
Bjs
TD

bettips disse...

Tudo isso M.
e a estética das coisas e sentimentos; a nossa, a que procuramos nos outros; que nos resgata da avalanche de coisas feias e más.
Não o pensamento-pedra atirada mas a pedra-sentimento repartida.
Perguntas e não-respostas, sempre!
Beijinho

Marinha de Allegue disse...

Autoreflexión, bendito exercício sanador...

Beijinhossss.
:)

audrey disse...

achas que vale a pena perguntar o que sabes que não tem resposta?

eu
acho que
não !

beijo

Licínia Quitério disse...

Como responder? Não sei nada. Confio, ainda, na beleza como escada de possível salvação.

Lindíssima publicação, M.

Beijo.

miruii disse...

Somos pedras, sim. Redondas, só aparentemente lisas, e algumas - como nós - têm a possibilidade de se desdobrar suspensas no éter, em formas várias, de águia, de ganso ou de mosquito... que importa?
Ver o mundo de alto é sempre um fascínio!
A tua argúcia e eu sempre de pés acima da terra!
- Perguntar?
- Sempre!

Amla disse...

em criança se cresce na imensidade e intensidade dos "porquês". porquê então deixar de os colocar se são eles k nos fazem avançar?
E mais uma vez vim de cima abaixo. a ler tudo o atrasado. e, porquê? ________________--fácil será esta resposta. é! ________________________e mais ____________roubei-te a foto mas nela inscrevi "M reflexoesCaseiras" _______________"roubada", mas com dignidade e afinal nem roubo é mas uma diferente partilha....
Bjs
Luz e paz

M. disse...

amla:
Não era preciso "roubar", bastava pedir antes.