quinta-feira, 9 de junho de 2011

135.


Foto de M

Quando. Palavra de índole reservada, de quem se conhece o pensamento apenas no convívio com outras, a completar linguagens e desejos. Será flexível, emotiva, porventura indecisa, o que se compreende, sendo tantas as interrogações que amiúde a provocam e se apoderam do seu pequeno corpo. Meticulosa na descrição de realidades diversas, é no entanto capaz de saltar a fronteira da minúcia e, destemida, esboçar sonhos que lhe abrem sorrisos em horizontes mais vastos.
Quando. Palavra de tempos, palavra de memórias, palavra de afectos, palavra de limites, palavra de eternidades.

Quando, meu amor, voltarmos a encontrar-nos, ofereceremos um ao outro o que ficou guardado dentro do silêncio. Depois, entraremos de mãos dadas na casa da serenidade absoluta.

M

4 comentários:

Anónimo disse...

"dentro do silêncio, meu amor, a serenidade no eterno não-ser onde permaneceremos".
Bj
da bettips

R. disse...

'Quando' aqui se chega e se encontra a beleza da Palavra delicadamente cinzelada, restam a satisfação e o agradecimento pela generosidade da partilha.

Muitos parabéns.

bettips disse...

(aquele coração tem um nó: fica em casa. Levo um coração extra, desatado...)
Bjs

Manuel Veiga disse...

intemporal. assim celebrado - o quando! e o quanto...

beijo