Fotos de M
A tal tempestade de nome Bárbara que desde ontem nos bate à porta, janelas, ruas, árvores, carros, enxurradas e o que mais por aí houver no seu caminho levou-me a olhar para este quadro e recordar como ele passou a fazer parte da minha família. E porquê este em particular? Pelas semelhanças que encontro nele com o dia de vento e chuva de hoje e pela história a ele ligado.
Numa das mudanças de casa que
aconteceram na minha vida, desapareceu um candeeiro de pé que sempre tinha
conhecido em casa dos meus Pais e que, após a morte deles, escolhi para mim. Nunca
soubemos exactamente o que se terá passado, mas julgamos que alguém o levou da rua, ali pousado por um dos empregados da empresa de mudanças enquanto
foi buscar mais coisas. Fiquei com pena, claro. Então o meu marido resolveu gastar de forma original a indemnização recebida pela transportadora e fazer-me uma surpresa. Acompanhado pela nossa filha de cerca de 10 anos entrou numa galeria de quadros e, entre vários, escolheram este.
A meteorologia e a pandemia têm destas coisas: juntam o passado e o presente dentro de mim.
M
3 comentários:
parece mesmo! (gosto destas ligações entre coisas improváveis)
É caso para pensar "do pé (do candeeiro) para a mão" (do quadro). Uma beleza, esse esbatido do tempo. De um Tempo.
Bj
Ora aqui está não só um excelente texto, mas também um belíssimo e conseguido exercício fotográfico!
Parabéns, amiga fotógrafa.
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