São bonitas, as abelhas, em bzzzs atarefados pelos campos e jardins. As da fotografia não são verdadeiras e ficaram presas na fonte do jardim do Museu de Lisboa – Palácio Pimenta, entre outros bicharocos de encantar quem queira encantar-se. Fugiram do Museu Rafael Bordalo Pinheiro, do outro lado da rua. Chega-se lá num instante, basta atravessar o Campo Grande, onde se calhar até nos cruzamos com abelhas reais pousando de flor em flor. Ou de árvore em árvore. Do que não tenho a certeza é se aqui encontro oliveiras ou se elas apreciam as suas flores. Tenho de ir procurá-las, existem ali imensas espécies de árvores. Do mel de flor de laranjeira e do mel de eucalipto já ouvi falar mas nunca os provei, aprecio o de castanheiro misturado com queiró, delicioso, é um dos que fazem parte do meu pequeno almoço. Oliveiras tenho-as visto mais quando já carregadas de azeitonas, e bem apetitosas elas são em tacinhas sobre as mesas a completar sabores e convívios, temperadas com o primo azeite e outros condimentos. E como os pensamentos são sociáveis e se ligam entre si, dei comigo a lembrar-me do livro Uma Abelha na Chuva, do escritor Carlos de Oliveira. Quem conhece um pouco a organização social das abelhas nas suas colmeias e leu o livro, compreende o simbolismo do título e a sua relação com o conteúdo. Muito interessante. Recomendo abram o link abaixo e o leiam até ao fim. Pela minha parte ganhei em ser abelhuda, não no significado mais desagradável da palavra, que ela tem vários, mas pelo néctar que nele sorvi para acrescentar à minha necessidade de mel do conhecimento. Como todos sabemos, imensos são os benefícios que este belíssimo líquido de tons, sabores e espessuras diversas traz à nossa saúde.
M
http://www.blogletras.com/2014/09/uma-abelha-na-chuva-de-carlos-de.html
2 comentários:
Perdi-me pelo teu texto, entre a nossa concordância quanto ao pequenos-almoços, as idas ao Jardim do Museu da Cidade, as boas recordações dos livros do Carlos de Oliveira e dos filmes do Fernando Lopes, e acima de tudo pelo prazer de ler um texto tão bem organizado!
A sequência das imagens e as palavras com elas são fascinantes! Conheço bem a vidas das abelhas por ter lido, muito pequena, a prova-efeito de que teria de ser diligente como elas. E não sei porquê, lembrei-me dos diques dos castores, ramo a ramo.
Se alguma vez escrever um livro e se me lembrar... hei-de chamá-lo "o Dique do Castor".
Não será certamente "O Mel das Nossas Vidas".
Abçs
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