Entalada entre o vermelho e o amarelo, com fisionomia alegre, ali está ela, a cor laranja. Parentescos luminosos. A sugerir sabores e nomes dados a frutos.
Um toque de graça posta na faixa laranja para a toilette do sorriso. Ou às vezes dá jeito apertar o cinto à roda da cintura para evitar esbanjamentos.
Também lhe chamam cor de abóbora, mas aqui perdeu um pouco da sua alegria. Talvez por se sentir descascada e pronta para ferver dentro da panela.
Não sorrias a pensar em petiscos, gato tigrado, o Nemo está longe, é nice, pois é, mas ficou longe, em Nice.
Do cão sei eu que foges, não é, gato tigrado?
Um belo banco laranja para me sentar entre a Natureza.
Um arco-íris terreno incompleto, mas isso que me importa?
Um muro lindo salpicado de laranja a trazer-me ao pensamento uma outra aldeia rústica que adoro.
Frutas da tal aldeia apetecível que tem as cores da minha infância e juventude.
Na cidade também existem cores do arco-íris pintadas em casinhas flutuantes ou em bancos, toldos e museus lindos onde a cor laranja se mostra aos visitantes em objectos delicados. Ou em azulejos que alegram os cais apinhados de gente cansada nas estações de metropolitano.
O cadeirão e os livros à espera da minha decisão sobre qual escolher para cada momento.
3 comentários:
Ficou lindo este desfiar da cor. Numa alternância de memórias e actualidade. Onde se perdem, sonhadoras, as "devidas" distâncias e diferenças.
B
Um festival de imaginação! Estás inspirada, amiga!
(gostei muito de ver o Quarteto de Alexandria, bem aconchegadinho na prateleira...)
estação de alvalade. e o banco de jardim muito moderno.
o agrades provocou-te!
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