Foto de M
Tão sozinha me pareceu na distância do meu olhar de peregrina por caminhos desconhecidos. Negras as vestes sobre o seu corpo de mulher, como estátua a vi, esculpida por artesão de um lugar de silêncios. Vértice de ecos antigos, perdidos alguns, resguardados outros na dureza da pedra ou no encantamento da memória, dispersando-se ainda outros na voragem dos dias por preencher. Naquele ermo pardacento, apenas o vermelho da caixa de correio pendurada na ombreira de uma porta fechada. Como coração que se recusa a morrer dentro de vida amortalhada.
M
7 comentários:
Que beleza..............
(um abraço, M. )
Uma foto despojada que ganha calor e se humaniza através as tuas palavras!
E se bem o viste, melhor o captaste, com imagens feitas de cor e de palavras.
Um abraço.
PS: Há um agradecimento que te é dirigido aqui: http://unputdownable-books.blogspot.com/
:)
como o pulsar da esperança - o coração vermelho.
belíssimo.
beijo
Belo texto para uma paisagem desolada por desumanizada. O apontamento vermelho é um must como tu sabes fazer.
Caminhos peregrinos
(de uma forma ou de outra os fazemos - a cor pode ser dada por um sorriso, uma criança, uma árvore, um livro)
Uma foto de meios sons e tons - infinitamente.
Bjs da bettips
a caixa do correio vermelha coração q se recusa morrer é a melhor frase para uma campanha publicitaria dos ctt, genial
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