sábado, 25 de agosto de 2012

Still there


Foto de M 
  
«She sat at the window watching the evening invade the avenue. Her head was leaned against the window curtains and in her nostrils was the odour of dusty cretone. She was tired.
Few people passed. The man out of the last house passed on his way home; she heard his footsteps clacking along the concrete pavement and afterwards crunching on the cinder path before the new red houses. One time there used to be a field in which they used to play every evening with other people's children. Then a man from Belfast bought the field and built houses in it – not like their little brown houses, but brick houses with shining roofs. (...)»

Dubliners (Eveline), James Joyce, Granada Publishing Limited

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«Estava sentada à janela, vendo a noite invadir a avenida. Tinha a cabeça apoiada às cortinas e o cheiro do cretone empoeirado invadia-lhe as narinas. Estava cansada.
Passava pouca gente. O homem que morava ao fundo da rua passou a caminho de casa; ouviu-lhe o ruído dos passos no passeio de cimento, e depois a rangerem na cinza prensada do caminho que ladeava as novas casas vermelhas. Em tempos houvera ali um campo onde eles costumavam brincar todas as tardes com os filhos de outros moradores. Depois um homem de Belfast comprou o campo e construiu lá casas – não como as suas pequenas casas castanhas, mas casas de cor viva, de tijolo, com telhados luzidios. (...)»

Dublinenses (Eveline), James Joyce, Relógio D'Água Editores

1 comentário:

Mónica disse...

http://cem-mil.blogspot.com/search/label/Dublin