Serão
as obras de Miró a expressão da plenitude do pensamento da infância? Pensamento
íntimo, indecifrável por vezes porque em permanente movimento de entendimento de si, observação, busca de explicação do Universo, experimentação no que ela tem
de traço de mão firme ou de mancha. Assim acontece com as crianças através das livres
expressões do pensamento em desenvolvimento que me encantam pela simplicidade e
beleza. Com Miró o processo terá sido semelhante, levando a sua criatividade crescente
e por vezes enigmática a atingir a plenitude na idade adulta. A nenhum dos casos aplico o significado de doidice, isso
seria desculpar-me de forma ligeira sobre o que eventualmente não serei capaz
de compreender no modo como cada pessoa revela o seu mundo interior.
M
2 comentários:
Como já te escrevi, a fotografia não podia estar mais adequada à tua reflexão sobre génio e loucura...
Acho que vejo "O Grito" de Munch, vê lá a doidice, acima, no canto esquerdo! Não se pode ter a pretensa ideia geral de "entender" o artista e os seus estados de espírito ou alma ou vida. Apenas gostar ou não, do que nos fala. E esta espécie de desfocagem que arranjaste é muito bela, nem a quero compreender nem julgar, apenas gosto.
Bjs
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