quarta-feira, 12 de julho de 2023

AS CORES DO ARCO-ÍRIS - AMARELO

Pousou o arco-íris sobre a mesa. Um pouco desorganizado na habitual sequência de cores que mostra lá nos céus. Não admira, havia pressa em festejar! 

 

Empoleirou-se o pato sobre o sofá, o bico e as patas ainda com restos de laranja da festa de anos anterior, mas não faz mal, o seu corpo é maioritariamente amarelo, cor de quem hoje se fala aqui em particular.


Falar de amarelo traz-me logo ao pensamento Van Gogh e o gosto de recordá-lo, lá e cá.

 

Impossível esquecer este campo magnífico de girassóis que fotografei numa estrada de Valensole, numa viagem que fiz à Province em 2013. Ou os outros que encontrei nos quadros de Van Gogh nesta exposição em Lisboa.

 

Acabou a exposição mas felizmente existem algumas peças de Rafael Bordallo Pinheiro no jardim do Museu da Cidade. E é um prazer vê-las ali ao ar livre. 



Com abelhas sequiosas e atarefadas, à volta de flores amarelas, e com a vantagem de lhes podermos fazer uma festa sem que nos piquem por lhes perturbarmos o trabalho.

 

Que diriam as abelhas de Lisboa se tivessem sede e encontrassem esta água a correr à moda antiga para dentro de uma bacia amarela na casa de banho da Taberna Gato Preto na zona de Monsaraz, onde almocei com amigos? Reparem na torneirinha na parede. Deliciosa.

Mas por outros lugares e paisagens voam outras abelhas e borboletas, pousando onde mais lhes agradar.

 


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Flores e limões reais. Sabemos que Bordallo Pinheiro, assim como outros artistas, se inspiraram, e inspiram, na Natureza. Existe lá muito por onde escolher.

Dentro do mercado de Setúbal há imensos painéis de azulejos que revelam as várias cores do nosso mundo. É um prazer passear entre eles e os produtos à venda expostos nas bancadas pelos vendedores.


Quando as cores se misturam ou os tons de amarelo se destacam e os penduramos nas paredes, temos companhia para o olhar e para a imaginação.


Até posso sentar-me entre os meus amarelos e recordar os livros que me encantaram a mim e à Tia Chanel na juventude de ambas. Cada uma no seu tempo de ser e estar.


Vão os séculos mudando, cada um ao seu ritmo, mas os tons do amarelo acompanham-nos. Como num baloiço, para lá, para cá, para lá, para cá...





 
Deambulando entre cidades e praias, bebendo os dias com o olhar solto e a esperança no equilíbrio dos nossos passos...

 ... em busca de mais cores para lá do amarelo.

M

4 comentários:

Anónimo disse...

De bocados soltos e lembranças nos fazemos. Gostei da originalidade de todos "os amarelos" mas apreciei muito as palavras das crianças no cartaz de praia: tão simples elas são.
Lembrei-me de D. Dinis, o que nos ensinaram dele.
B

Justine disse...

Um painel infindável de amarelos, com os adequados e bem escritos textos correspondentes!
Uma festa da tua imaginação e criatividade, M. Muito bom!

Mónica disse...

muito divertido, que belo passeio, as coisinhas amarelas que tu descobres
(também gosto muito do amarelo, adoro, embora não gostasse de ter uma parede pintada de amarelo no meu quarto)

Mónica disse...

os barquinhos de pêssego são amorosos